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4 de out. de 2011

Chega de Hipocrisia


Mais uma propaganda foi censurada, desta vez por ser "sexista": a propaganda da Hope em que Gisele Bündchen aparece mostrando a forma "correta" e a "incorreta" de dizer ao marido que bateu o carro, a mamãe vem morar com a gente ou que gastou mais do que devia.

Será possível que neste país não se pode mais fazer piada?

Não sei se o pessoal da criação utilizou isso como referência, mas a alguns anos atrás circulou pela internet uma piadinha sobre como uma mulher pode convencer o homem de qualquer coisa, e a piadinha fala justamente sobre a "simplicidade" do pensamento masculino: para "dobrar" o homem em qualquer assunto basta tirar a roupa que a mulher conseguirá o que deseja, e como era uma piadinha, ninguém fez barulho.

Homem gosta de mulher, gosta de sexo e adora ser provocado.

Será que a próxima agora é o homem não poder mais dizer que a sua mulher é "gostosa" ou  "- Hum, que delícia" pois essas afirmações estariam colocando a mulher no mesmo patamar de um prato de comida, cerveja ou sorvete?

E não vou defender que uma coisa é "pior" ou "melhor" que a outra, mas inúmeras revistas femininas "vendem" "10 coisas para enlouquecer um homem na cama", "21 maneiras de aquecer sua relação", "como ser desejada depois do casamento". Junte tudo isso e coloque "# Hope ensina", é simples assim.

Mulheres: parem de carregar o "peso" da falta de liberdade. Aprendam a brincar, gostem do seu corpo, desejem e sejam desejadas, homem gosta de mulher bonita sim, mas gosta ainda mais de mulher que sabe ser sensual.

De uma vez por todas: "Homem não vê celulite" e saibam que mulher bonita é mulher feliz. Poderia encontrar mais 5 mil afirmações para dizer o que realmente o homem prefere, lembrando que não são todos iguais e não existe receita. Mas todos, invariavelmente, "babam" qdo uma mulher está disposta a "dar" o que ele gosta.

E tomara que campanhas bem humoradas continuem e que todos, homens e mulheres, se entendam melhor com sua sexualidade e desejos.

Só para colocar uma "faísca" a mais na discussão.

Por quê ninguém critica a propaganda que ridiculariza o homem como um ser bobão e sem nenhum poder de decisão como acontece na campanha da "tigre", na qual o homem sonha com uma churrasqueira e a mulher interrompe dizendo que aquele espaço será o "quarto da mamãe"?

É muito melhor ter essa notícia da forma como a "Hope ensina". Bom hoje mesmo vou comprar uns presentinhos para eu tirar da minha mulher.

E como diz a mulher de um grande amigo - Se não concorda não compra.

Guto Leirião (publicitário e a favor do bom humor)

4 de set. de 2011

O "baguio" é louco



Esse post sai um pouco do comum com relação ao nosso trabalho, 
mas explica um pouco porque passei quase três semanas sem colocar um novo post. 
(em parênteses os comentarios da mulher)




"- Então vc acha mesmo que está grávida?
- Acho!
- Relaxa, vai demorar no mínimo um ano e meio. Você parou de tomar o remédio a menos de 15 dias, não pode ser, não!
- Vai por mim: passa na farmácia e compra o teste.
- Tá bom, mas acho que vamos gastar dinheiro à toa.


(sim, o diálogo aconteceu exatamente assim)


Nesse meio tempo vc começa a observar sua mulher de forma mais detalhada e ouve frases como:
- Que cheiro forte, vc esta sentindo?
- Acho que estou com azia!
- Que sono, por mim dormiria o final de semana todo.


(é... por mim eu continuaria dormindo o final de semana todo)


E finalmente o sinal de que a coisa é séria: numa pequena saída de carro para uma reunião de trabalho, percebi que ela, inexplicavelmente, dormiu enquanto vc falava sobre o que seria abordado na reunião.


(eu nunca consegui dormir com o carro em movimento)




Amigo: se esses sinais começam a aparecer, se prepara que a notícia não tardará.


Você, só para tirar dúvida e provar para a sua mulher que ela esta “viajando”, entrega a ela um teste de gravidez de farmácia.


Enquanto ela vai ao banheiro vc avisa !
- Só molhar a pontinha com urina e aguardar no mínimo 2 minutos.
Então vem a resposta.
- Não precisa esperar.


Katapúmmmmmm (KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK)


Em apenas alguns segundos, seu mundo se transforma completamente, vc não sabe se está feliz, preocupado, delirante, assustado ou sonhando.


- Isso mesmo: vc vai ser pai.


Puta que pariu isso não tem manual, não que eu lesse algum, mas sempre soube que tinha o jeito certo de fazer, e eu podia testar milhões de outras maneiras, mas sempre haveria o jeito certo.
Agora, não existe manual e, por incrível que pareça, vc não quer testar milhões de formas mas simplesmente fazer a certa.


E aquela moto que vc havia acabado de olhar no site e se programado para comprar até o final do ano? Custa o mesmo que 1 ano de fraldas, enxoval e o quartinho do bebê.


É isso mesmo, seu filho vai dormir, sonhar e cagar o valor de uma moto novinha em menos de 1 ano. E sabe o que eu achei disso tudo?


- Nada, só pensa em saber qual será o nome, o sexo e qual a reação dos seus amigos qdo souberem da notícia.


É ai que a coisa muda para o homem, vc não ganha barriga (no meu caso este item sempre existiu) mas muda a forma de pensar.


Beleza, passado esse tempo (+ou- três dias) de pura perplexidade misturada com êxtase, satisfação e medo, o mundo bate à sua porta e vc tem que seguir com o seu trabalho.


E a cada dia aquele ser se torna mais irreal que no dia que vc teve a notícia, afinal fisicamente vc não sente a mudança. É mais ou menos como se vc estivesse vendo algo num espelho embaçado (o comportamento da sua mulher) sem poder ao menos tocar ou olhar diretamente.


Chega, então, o dia da primeira consulta ao gineco, um amigo diz: leva um DVD que eles geralmente gravam a parada. 


Você como não está nem um pouco ansioso, leva um DVD-R, um DVD-RW (por garantia), um tablet (tb por garantia) e enquanto está na sala de espera, lembra que o médico provavelmente usa um Ruindows e isso significa que pode dar pau de gravação a qualquer momento, então com toda a “calma”, corre feito um louco para a primeira papelaria próxima ao consultório e compra tb um CD-R e um pen-drive para que não exista nenhuma possibilidade de falha na gravação.


Qdo volta, sem cor e com a respiração ofegante, fica sabendo que vai demorar mais meia hora até sua mulher ser atendida.


Legal, vc se refaz da correria e depois de 40 minutos ouve o nome de sua mulher para entrar na consulta.


Pronto vai ser agora, (finalmente vc irá ouvir e ver aquela  coisinha que já mudou sua vida, antes mesmo de vir ao mundo).


O médico diz:
- Qual o problema? (vc pensa em responder: - Não há problema algum Dr. é que eu gosto de ver minha mulher pelada sendo observada pelos outros) 
...Caralho, será que ele não leu a ficha que esta em suas mãos? 
...Mas vc não pode falar nada, é sua mulher que vai falar, é ela que está em consulta, é na barriga dela que está o “problema que o médico quer saber” e vc mais do que nunca é um mero coadjuvante da história.


Então, começa a consulta:
- Qual a data da sua ultima menstruação?
- Dia 25 do mês passado.
- Hãm... dá uma pausa, olha uma tabelinha, olha o exame de sangue e diz:
- Você esta grávida. 
(Porra, será que ele não percebe que sabemos ler, que existe internet, que sabemos até como, em teoria, esse nenê está, sua evolução e até a data provável do parto?)


Depois de um tempo prossegue.
- Vc terá que tomar esse remédio, e fazer esses exames, e volta aqui qdo estiver com eles em mãos.
- Mas Dr., e o ultrassom?
- É esta guia que te entreguei para ser feito no laboratório.
- Mas...
- Boa tarde, vejo vcs depois.


Em resumo: 
Vc, pai, vai até lá, espera mais de uma hora, corre feito louco, gasta uma grana que não gastaria normalmente comprando mais do que o necessário, para sair de lá com a informação que vc já tinha antes de chegar ao local.


Neste momento vc percebe duas coisas:
1 - Vc é um trouxa que gastou seu dinheiro e tempo à toa.
2 - Os médicos não estão preparados para atender as expectativas de um “futuro pai”.
Será que os médicos não notam que qdo um cara acompanha a mulher para saber sobre uma gravidez, significa que ele tb tem dúvidas e quer participar do assunto?


Insatisfação à parte, vc decide que esse não será o médico que acompanhará o nascimento do seu filho, mas aproveita a guia que ele assinou para agendar o primeiro ultrassom.


Chega o gde dia, e depois de uma noite totalmente sem sono, corre logo pela manhã para levar sua mulher ao laboratório com a data mais próxima, o que obviamente, não é o laboratório mais próximo.


E dá-lhe mais espera, mais ansiedade e todo o pacote de estresse que esse momento traz.


Começa!


Entra a enfermeira, depois a médica especialista, e vc vira o espectador mais fanático em tv da face da Terra, afinal consegue olhar aquela imagem toda borrada e chuviscada sem dizer que o monitor esta com problema, e o mais incrível, enxerga naquele borrão cinza, um caroço que dizem ser um embrião, vc realmente vê seu filho. E mais incrível ainda, vc acredita em tudo aquilo sorrindo. 


Qdo então ouve uma bateria tocando em ritmo de cavalo louco, e a médica diz que é o coração do embrião.
Nesse momento, seu coração pára, e vc finalmente sente que faz parte daquilo tudo.


O bagulho é louco.

18 de ago. de 2011

Página em branco - A idéia sumiu!


A imaginação não possui limites.

Essa frase quase que previsível e bonitinha, é muito libertadora. Nunca acredite que ela (a criatividade ou imaginação) se esgota, e qdo vc encontra uma página em branco. Ótimo! Vc tem uma página inteira para preencher.

Processos criativos, cada um tem o seu, mas qdo bate o desespero porque existe um prazo, uma regra e um cliente do outro lado, o melhor a fazer é encontrar o seu processo, e como a imaginação não tem limites, porque o processo teria?

Se bate o desespero, então aceita e mergulha nele. Coloca o absurdo no papel (mesmo que seja um jingle xingando o cliente, desenho totalmente irreal, um choro engasgado, permita-se se desesperar), fazendo isso, geralmente seu cérebro "destrava" porque acredita já estar produzindo e então, geralmente, a coisa começa a rolar. (mas lembrando que essa é apenas uma das 552.893 opções de atender ao processo criativo)
Páginas em branco todos têm, o gde barato é não criar obstáculos para preenche-las.

Por falar em criatividade, segue um pensamento meu (ideias "gutinianas")
"- A diferença entre uma pessoa criativa e uma que se considera não criativa, é que a primeira não tem vergonha de falar besteira"

8 de ago. de 2011

Quanto cobrar por um job de publicidade



De repente aparece um cliente inesperado (amigo, indicação e etc) e te pergunta?
Preciso fazer um folder, uma logomarca e um negócinho lá que eu não sei muito bem o nome, que é para ficar na porta da loja que estou inaugurando. Quanto custa?
Então vc pronto a ajudar e aproveitar a oportunidade de melhorar seu portfólio, começa explicando que aquele negócinho para colocar na porta do estabelecimento, pode ser um banner, um cartaz ou até mesmo uma placa, mas que de qualquer forma vc faz todas essas coisas e poderá ajudar. Mas para fechar o valor tem que avaliar de forma correta.
Pronto agora chegou a hora da verdade. Quanto devo cobrar?
Diante disso vc começa a “pesar” todos os itens do cliente - Ele esta começando, é meu amigo, se cobrar muito caro ele não poderá pagar, sei que esta gastando os tubos com a abertura da loja dele e etc.
Pronto você se encontra numa enrascada e não sabe como cobrar.

Dicas importantes de alguém que já passou muito por isso e continua vivenciando a mesma situação até hoje.
1º - Saiba quanto o mercado cobra por cada job solicitado .
2º - Valorize o seu conhecimento e acredite na qualidade do seu serviço.
3º - Calcule qto tempo aproximadamente vc gastará com esse trabalho.
Com esses três pensamentos na cabeça (mercado - conhecimento - tempo) comece a montar seu orçamento.
Mercado - Faça uma busca pela internet sobre os preços praticados por tabelas oficiais, como sindicatos e associações da sua área de atuação.
Conhecimento - Lembre que não existe trabalho simples, e embora você tenha o maior prazer em realizar a criação de uma logomarca, layout ou slogan, sabe muito bem que para isso, precisou estudar e principalmente investir para ter uma estrutura mínima de atendimento (computador - softwares - banda larga e etc). 
Tempo - Faça uma estimativa de tempo de desenvolvimento do job, incluindo reunião de briefing, pesquisa, máquina e finalização.


Legal isso tudo e daí como calcular?
Abaixo segue uma fórmula simples (quase simples vai) para levantar esse custo.
Qto vc acredita que deva receber por mês na sua profissão (cuidado, utilize valores de mercado, vamos colocar para efeito de cálculo R$ 5 mil reais - valor de um profissional médio de publicidade em São Paulo)
SM (salário mensal) = R$ 5 mil 
T (Tempo total desses jobs) = (folder - 7h / logomarca - 8h / banner - 4h) = 19 hs
SH (Salário hora) - Calculo: SM ÷ 20(média de dias úteis) ÷ 8 (horas/dia)) 5mil÷20÷8 = R$ 31,25

Com esse índice, acrescente: + ou - 25% de investimentos (gasolina, telefone, internet, contador, softwares, máquina) e por fim + 10, 15 ou 20% de impostos (de acordo com o índice orientado pelo seu contador)

SH (31,25)÷(0,75 - fórmula de porcentagem para 25% ) ÷ (0,80
- fórmula de porcentagem para 25% )= R$ 52,10 (CT - custo total)
Obs.: CT (Custo Total) obs.: tanto faz acrescentar as porcentagens no valor cheio (mensal) ou no valor/hora como fizemos aqui.
Para esse cálculo que fizemos - T(19h) x CT (R$ 52,10) = R$ 990,00
Esse valor será o seu índice mínimo, ou seja menos que isso é prejuízo certo. Pois nele não esta nenhum lucro embutido, é apenas o custo de produção do material, pensando que vc é um profissional pleno
Qto mais tempo de carreira, maior será seu índice SH e menor o tempo de desenvolvimento (vc pode demorar metade do tempo, mas seu salário já será 3vezes maior, só para ilustrar SH (150,00) T (10h) portanto CT = R$ 1.500,00)
Agora, dê uma olhada em tabelas disponíveis na internet, como essa  da Sinapro (São Paulo) e feche seu orçamento de forma justa e sem prejuízos.
Com esses dois índices disponíveis vc terá valor máximo e mínimo para levantar um orçamento “saia justa” como este.
Alguns índices para pesquisa:
Salário:
Associação Brasileira de Agências de Propaganda (ABAP) - RJ, SP
Associação dos Profissionais de Propaganda (APP) - SP
Conselho Nacional de Auto-Regulamentação (CONAR) - SP
Sindicatos das Agências de Propaganda - SP, RJ, RS
Sindicatos dos Publicitários, em diversos estados

15 de jul. de 2011

Diferença entre uma faculdade de "grife" e uma sem fama.

Hoje postei este texto numa discussão do Linkedin, e gostaria de compartilhar com todos que acompanham o Blog


A pergunta era: Qual é a real diferença entre cursar uma faculdade de “grife” e uma sem fama?

Discussão levantada por Cristina Ferreira, recém formada em jornalismo.



Resposta: No mundo ideal, a faculdade quem faz é você.
Essa seria a forma ideal, porque independente da "marca" da faculdade que vc fez, o conteúdo e aprendizado depende exclusivamente do seu nível de interesse e busca pessoal. Ex.: vc acabou de aprender sobre técnicas de como transmitir sensações através das cores. Após essa aula, vc tem duas opções, ou fica feliz com o que aprendeu e passa para a próxima, ou se interessa pelo assunto e busca mais informações para enriquecer seu conhecimento.
Pensando assim, podemos concluir que a "marca" não importa, e sim o interesse que fará dele um profissional diferenciado no mercado.
Mas infelizmente não vivemos no mundo ideal e tudo isso pode ser desconsiderado na hora de uma empresa contratar, e acreditem não é só competência que estará em jogo mas principalmente o seu network.
A conseqüência (putz acabaram com a trema, mas eu gosto dela e ficará aí) disso, é a maior facilidade de empregabilidade para quem possui formação em faculdades de "grife", "marca" ou "tradicional na área".
Só para citar o meu exemplo pessoal: Fiz Publicidade no Mackenzie, uma faculdade boa e de grife, mas o curso Publicidade e Criação não era conhecido no mercado, e por isso perdia para profissionais formados pela ECA ou FAAP, embora a estrutura do Mackenzie era igual ou até mesmo superior as outras (Em 98 já possuía um laboratório de artes gráficas, com três salas equipadas com macintosh e aulas para aprendizado dos softwares líderes na época - Photoshop, Flash, Dreamwaver, Fireworks, QuarkExpress e Freehand, com algumas diferenças, pois todos foram comprados pela Adobe, uso esse conhecimento até hoje).
Mesmo com tudo isso, passei por algumas entrevistas em que o entrevistador "torcia o nariz" com o fato de eu ser do mackenzie e não da FAAP por exemplo.
Em outras empresas, o fato de ser mackenzista abria portas porque o dono também estudou lá embora não na mesma área.
Em resumo: Quem faz a faculdade é vc, e a qualidade do que se aprende depende muito do seu interesse, mas que a "grife" ajuda a abrir portas, disso eu não tenho dúvidas.


Guto Leirião
Publicitário da j2 Comunicação e Design

30 de jun. de 2011

Endomarketing - Que p. é essa ?


A importância do endomarketing


Antes de falar sobre o assunto vamos entender do que se trata:

Abaixo segue pequeno trecho sobre endomarketing descrito no wikipedia.
“A publicidade e propaganda se caracterizam pela sua enorme capacidade associativa. A mensagem passa por diversos canais de comunicações e compreensões.
Por serem assuntos muito ligados e com diferenças muito tênues, cabe salientar que a publicidade institucional tem um caráter mais expositivo, visa uma associação paradoxal de valores com uma empatia que pode vir a gerar futuros ganhos à instituição. Assim, a publicidade institucional não visa apenas atender ao público interno, mas transpassar ao público externo determinados preceitos que irão valorizar a instituição de um ponto de vista simbólico para o comunidade/ambiente em que a instituição pertence ou está inserida.

O papel de trabalhar com o público interno é essencialmente do endomarketing, sendo a ferramenta que evita a disparidade do discurso institucional com as ações organizacionais praticadas dentro da instituição.”

Uma empresa que adota este conceito, torna clara e eficiente suas ações junto ao público-alvo, afinal ela passa a compreender sua verdadeira “missão” e o mais importante, sua “vocação”.

Ações de endomarketing como vídeos institucionais, treinamentos, publicações e campanhas internas fazem com que todas as “partes” que formam uma empresa fiquem alinhadas em seus objetivos e discursos.

Um bom exemplo disso foi uma ação realizada pela j2 há alguns anos para a Faber-Castell. Na época, o“Trade Marketing” ainda era um setor subvalorizado pelas empresas. Propusemos ao cliente a criação de uma publicação voltada ao papeleiro, com dicas e sugestões de como ele poderia melhorar o próprio negócio através dos novos conceitos de disposição de produtos no PDV, aproximando-o da empresa.

Esta ação gerou edições periódicas, enviadas via correio diretamente ao papeleiro, e posteriormente, distribuídas via email a todos os colaboradores da empresa como forma de pulverizar as informações.

Este exemplo ilustra muito bem o alcance das ações de endomarketing e sua finalidade:
Confira no diagrama abaixo:

Setor solicitante: Trade Marketing

Alcance da publicação: diretores, equipe de vendas (todos os níveis), equipe de R.H e papeleiro.
Nesse diagrama simples podemos compreender o alcance de uma ação de endomarketing.

A consequência deste projeto foi o alinhamento de discurso dos diferentes setores, que embora trabalhassem de forma autonoma e distinta, possuíam um mesmo objetivo: aumentar as vendas.

Desta forma, o vendedor “ganhou” um novo aliado no seu “discurso de venda”.
Aliado ao treinamento da equipe de vendas, a ação valorizou o trabalho do papeleiro que passou a se sentir mais seguro para modificar o seu PDV e, assim, aumentar a venda de produtos, mesmo em períodos de menor procura por itens de papelaria.

Concluindo: uma ação interna, quando bem planejada, terá refexo direto na maneiro como o consumidor “enxerga” o produto.

“O seu mundo exterior reflete o seu mundo interior”. Sabedoria oriental que se encaixa perfeitamente no modo como uma empresa deveria se mostrar ao mundo.

21 de jun. de 2011

Faça Sexo

Sei que todos estão esperando novas postagens sobre nossa área de trabalho, em assuntos do tipo: endomarketing, como calcular valores de serviços, estudo de cores etc.
Mas tenho de sair um pouco da área e falar sobre minha outra ocupação.
Não, não sou profissional do sexo, como pode deixar a entender o título deste post. Vou aproveitar o espaço para falar sobre a minha função de subsíndico (também conhecido como F.D.P, corno, intrometido e finalmente: "Quem ele pensa que é?") do prédio onde moro.
Até porque a experiência nesta função agregou muito conhecimento na minha área profissional.
Há mais ou menos 2 meses, os moradores resolveram reclamar uns dos outros com os barulhos emitidos por eles.
Solução complicada. Como resolver?

Na condição de intermediador desses conflitos, a única opção é: - advertir ou multar um morador que faz barulho, baseado simplesmente na queixa de outro morador que se diz incomodado com esses ruídos.
Sendo assim, me deparo com dois graves problemas:

– Devido a estrutura do prédio, é impossível determinar de onde vem o barulho, se do andar de cima, do andar de baixo ou da parede ao lado.
– Se você adverte, através de comunicado ou multa, o morador que supostamente faz os barulhos em horários impróprios, irá com certeza fazer a seguinte afirmação: "Eu ou qualquer um aqui faria esse tipo de barulho (porta batendo, cadeira arrastando, espirro, descarga no banheiro, chuveiro ligado – acredite. As pessoas, quando querem, reclamam até do jeito que o vizinho alivia os líquidos). Aproveitando que você está aqui, acho que deveria perceber a barulheira do apartamento aqui ao lado: o dono chega tarde da noite diariamente e não para de fazer barulho até as 2h da manhã".

Pensando em inúmeras possibilidades de contornar a situação (é aqui que o trabalho de subsíndico contribuiu sobremaneira ao meu trabalho de publicitário ao incentivar
1. Atendimento ao cliente;
2. Desenvolvimento de briefing;
3. Criatividade;
4. Solução de conflitos rápida e eficiente;
5. Entrega de um produto de qualidade) só restou uma possibilidade que não me fará ser injusto com ninguém:

Aconselhar aos moradores que FAÇAM SEXO.

As vantagens são inúmeras, acompanhem:

1.      Problema: Você não consegue dormir durante a noite, por que ouve barulho dos vizinhos.
Solução: Faça sexo antes de dormir. Dessa forma você e sua parceira ou parceiro (neste caso não se deve ter preconceitos) relaxam e dormem como anjos, sem se incomodar com o barulho alheio.
2.      Problema: Você faz muito barulho porque chega tarde da noite e precisa se arrumar para dormir.
Solução: Faça sexo logo após o banho. Dessa forma não precisará se arrumar para dormir, otimizando o tempo e minimizando o barulho decorrente do abrir e fechar de gavetas à procura de pijamas ou camisolas.
3.      Problema: Você faz barulho porque este é o único horário que tem livre para fazer exercícios em sua esteira particular e aparelhos de musculação, comprados na PoliShop.
Solução: Faça sexo. Acho que nem precisa dizer que existe coisa muuuuuuuuito melhor a fazer do que utilizar seus aparelhos para fitness. Afinal, todos já sabem: Sexo emagrece.
4.      Problema: O barulho que você faz a noite é causado por um massageador para prevenção de rugas.
Solução: Faça sexo, que além de economizar energia elétrica, ainda traz ótimos benefícios à sua saúde e à sua pele, tonificando os músculos e eliminando todas as toxinas prejudiciais ao corpo, através dos poros.
5.      Problema: Meus filhos fazem barulho até a hora de dormir, e por isso acabo ficando até tarde da noite arrumando a casa.
Solução: Faça sexo. Dessa forma você terá um ótimo motivo para colocar as crianças mais cedo na cama e aproveitar a tranquilidade da casa para um sexo relaxante com seu companheiro/a.
6.      Problema: Tenho o sono muito leve e acordo ao menor ruído.
Solução: Faça sexo, com muita intensidade. Porque depois do sexo seu corpo entra em estado de recuperação, aumentando a quantidade de endorfina na corrente sanguínea, facilitando o sono e otimizando o relaxamento.
7.      Problema: Odeio fazer sexo e por isso faço barulho.
Solução: Se mata. Quem sabe na próxima encarnação, talvez você volte como profissional do sexo para compensar sua atual e triste existência.
#prontofalei


Guto Leirião
Publicitário e louco de plantão

9 de jun. de 2011

Comunicação Integrada

A Comunicação Integrada consiste no conjunto articulado de esforços, ações, estratégias e produtos de comunicação, planejados e desenvolvidos por uma empresa ou entidade, com o objetivo de agregar valor à sua marca ou de consolidar a sua imagem junto a públicos específicos ou à sociedade como um todo (Bueno, 2010).
Tradicionalmente, a comunicação empresarial tem sido trabalhada como a somatória de atividades realizadas independentemente por departamentos, divisões ou assessorias que, necessariamente, não se articulam, ou seja, não há uma unidade, tendo em vista objetivos, valores e uma missão comum. Na prática, o que é pior, além da falta de um planejamento comum, estes departamentos ou assessorias competem entre si, definindo instâncias particulares de decisão dentro das empresas ou entidades, seguindo a velha fórmula de "aqui quem manda sou eu". A comunicação interna fica entregue à área de Relações Públicas, os jornalistas editam oshouse organs, a publicidade é responsabilidade dos profissionais de marketing, as relações governamentais ficam a cargo de um lobista, e assim por diante.

Reunir todos eles numa mesa para um diálogo produtivo, é uma dificuldade (ou algo impossível) em muitas (talvez na maioria) das organizações. A Comunicação Integrada, praticada com competência, subverte este situação e remete para um novo paradigma: a comunicação/marketing de uma empresa ou entidade não pode ser o resultado de esforços individuais, ainda que bem intencionados, porque a imagem da organização deve ser una, qualquer que seja o público com que ela se relaciona. 
(trecho publicado no winkpedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_integrada)

Nós profissionais de comunicação temos que ter em mente o novo formato da comunicação empresarial, oferecendo ao nosso cliente uma solução inteligente e dinâmica de se adequar a esse novo mundo.

Redes Sociais: Muitos afirmam que isso não passa de modismo (antes era o orkut e hoje é o facebook) e que não existe nenhuma razão para gastar verba com pessoal para cuidar somente disso. Erro grave de comunicação, modismo sim, mas somente na “etiqueta” dessa mídia, ontem foi o icq, o orkut e hoje temos o facebook, linkedin, blogs e twitter que estão cada vez mais integrados e assumindo um papel de singular importância no mercado.

Sites: Com essa nova forma de se comunicar, as empresas não só devem ter um site institucional, como também esse mesmo site dever estar integrado as redes sociais, tornando-o mais dinâmico e acessível, foi-se o tempo em que vc precisava produzir sites ultra-mega-animados com visual de tirar o fôlego, hoje vc precisa produzir um site muito mais clean e conectado, sendo alimentado pelas redes sociais, e fazendo delas instrumento de alcance do seu publico-alvo.

Publicações: O bom e velho material gráfico, ainda resistirá mas dessa vez precisará se desdobrar em vários formatos (como aconteceu com o lançamento da internet) e o profissional de publicidade, deverá pensar não só na beleza estetica dessa publicação no papel, mas também essa mesma publicação em tablets e smartphones.

Com todo esse avanço, nos cabe correr a frente dessas tendências e apontar as melhores estratégias para se comunicar com eficiência e lucrar com essa nova realidade.

Guto Leirião

(Publicitário e Gerente de Atendimento da j2 Comunicação)

100 Briefing

100 Briefing

3 de jun. de 2011

Redação e Teatro

Pouco tempo atrás, postei num dos grupos de discussão do linkedin,  algumas dicas de como melhorar sua comunicação diante dos desafios de uma empresa.


E nesse comentário, (link do grupo de discussão) sugeri ao grupo, tentar sair do ambiente profissional e experimentar algo muito diferente como o teatro.
Comentei sobre minha experiência com relação a melhora na oratória e também a maneira como era visto pelos meus clientes e colegas de trabalho.
Mas sem dúvida, o que mais relevante aconteceu, nesta minha imersão aos domínios de Dionísio, foi a descoberta da redação, isso mesmo, o teatro mudou a maneira como eu me expressava na escrita. 

Primeira consequência disso é o surgimento efetivo deste blog.



E para provar o que estou dizendo, segue abaixo um texto que fiz, para uma aula sobre Nelson Rodrigues (texto inspirado na obra: "A dama do lotação")



O carro do Sr. Horácio

Que terça-feira era aquela.
Logo pela manhã me vem o sr. Horácio, mais antigo cliente da oficina, com seu carro azul anos 60, que pelo som que emitia, soube que mais uma vez a junta homocinetica estava prestes a se partir. A peça que eu mesmo havia substituído no sábado anterior.

Logo ele, que havia dado uma gorjeta digna dos melhores tempos em que homens praticavam o reconhecimento pelos bons serviços prestados.

Entrou manobrando seu carro entre peças de diferentes tamanhos e estados deixadas ao chão a espera de um pouco de atenção que lhes desse o destino.

Olhei para o Sr. Horácio, agora saindo de seu carro, com o rosto vermelho, o suor contido em sua testa também vermelha e reluzente devido aos poucos fios que lhe restavam no alto da cabeça.

Antes que movesse os lábios para dizer, inconformado, o quanto estava decepcionado com nosso serviço, me adiantei ao seu encontro e garanti que iria resolver seu problema, sem custo algum e que aquele carro era de minha inteira responsabilidade.

Agora estou aqui, nesta lotação, indo em direção ao centro velho, antes que a tarde termine, para buscar em caráter de emergência, uma nova junta homocinética para o carro do sr. Horácio, sabendo que este prejuízo sairá do meu ordenado, que já é mísero, nunca suficiente sequer para honrar as contas diárias, quanto mais cobrir os custos de situações como essa.

Acho que nem mesmo o patrão faria o que fiz para manter esse cliente, o patrão não sabe como funciona, não percebe que a oficina só existe porque eu estou lá. Pena que o Sr. Antônio tenha falecido, ele sim sabia como atender um cliente, saberia valorizar minha atitude, mas isso são águas passadas ,afinal agora quem dirige essa oficina é esse sujeitinho incompetente que só esta lá porque herdou tudo o que o pai construiu.

Bem que esse lotação poderia me levar para onde ninguém nunca mais me encontrasse.

Mais uma parada, mais gente subindo, em breve não haverá espaço nem mesmo para o vento que entra pelas janelas.

Outra parada, mais 3 pessoas subindo, um estudante que pelos trajes, deve estar saindo da aula de educação física. Lembro do meu filho que em breve estará usando uniforme do grupo escolar do nosso bairro. Sobe também um senhor, que pelo tempo que demora, imagino que deva estar sentindo o peso da idade, as juntas travadas e rangendo como os carros que chegam todo dia na oficina. Atrás dele sobe uma mulher, que todos olham, talvez pela sua beleza, mas acredito que muito mais pela sua altivez, caminha não mais que dois passos se ajeitando pelo corredor, olha em minha direção e algo me faz pular imediatamente de meu acento para lhe ceder o lugar, ela olha diretamente em meu rosto, e sem nenhuma palavra saída de sua boca, mas apenas com o olhar, agradece e se prepara para sentar.

Qdo passa por mim, no pequeno espaço entre meu corpo e o desconfortável acento de passageiros, sinto seu perfume, suave, limpo assim como sua pele de fino trato.

Observo então minha figura, tão comum, com as unhas marcadas pelo ofício e tenho vontade de me afastar para não macular com minha sujeira comum de trabalhador, nem mesmo um único fio de tecido que veste o corpo daquela mulher.

Ela se senta e meus olhos são atraídos ao colo alvo, limpo e suave daquele ser divino de seios suaves, não tão grandes como as mulheres dos calendários nem tão miúdos como das moças que desfilam roupas de valores que nem ouso calcular, mas simplesmente belos, com uma certa imperfeição talvez fruto da idade, mas divinamente sensuais. Ela se acomoda melhor permitindo revelar, a aureola rosada e perfeita semi-encoberta pelo leve tecido de suas vestes.

Naquele momento sinto um desejo quase incontrolável de possuir aquela mulher, meu coração acelera, sinto todo meu corpo rejuvenescido como se todo o cansaço do dia e dos anos de uma vida de sacrifícios tivesse simplesmente deixado de existir.

O som do coletivo, as buzinas, as pessoas que entravam, estavam todos a mil quilómetros de distância, nada mais importava, meu mundo se resumia aquele pequeno pedaço de seio.

Um passageiro toca meu ombro e pede licença, saio do meu transe e noto envergonhado que aquela mulher me olhava, e notei que ela sabia o que eu estava pensando.
Fiquei ruborizado, me senti imundo, um sujeito inferior a um inseto, não sabia o que fazer, sair, pedir desculpas, gritar com o passageiro que agora pisava meu pé esquerdo.

Não fiz nada, simplesmente devolvi o seu olhar. Para minha surpresa, ela o sustentou e vagarosamente baixou a altura da minha cintura. Voltou a se ajeitar no banco, permitindo que dessa vez seu seio se mostrasse por inteiro. Então pude estudar cada contorno de sua pele, a nuca, as orelhas perfeitas, seus ombros e a silhueta de seu rosto, notei que era triste, como quem não se importa com o que acontece ao mundo ou a si mesma.

Fiquei naquela posição por mais algumas quadras, quando notei que deveria descer na próxima parada. Comecei a virar meu corpo em direção a porta do lotação qdo ela com um suave movimento de suas mãos, toca em meu uniforme e diz: - Posso acompanhar o senhor ?

Vi algumas lojas e velhos hotéis passarem vagarosamente pela janela, enquanto abria caminho para que minha parceira de destino caminhasse a minha frente enquanto eu a seguia.